A Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental “Theódor Badotti”, localizada na Passagem São João, nº 296, no Bairro do Tenoné, foi inaugurada em 09 de junho de 1999. Teve sua origem no Clube São Pedro, com a participação do Sr. Theódor Badotti, um holandês, que contribui para a construção do espaço e a organização administrativa da Sra. Marcilia Ribeiro. Na essência de seu valor utilitário, a escola pode ser considerada um exemplo da legitimidade histórica de movimento social, que através da mobilização comunitária, sua demanda foi reconhecida e consolidada pelo poder público, assegurando-se assim a conquista de um direito garantido na Constituição Federal de 1988. art. 205 que “a educação é um direito de todos”.



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domingo, 12 de setembro de 2010

Reporte mensal - Junho 2010

A DANÇA NA EDUCAÇÃO



Dançar é uma das maneiras mais divertidas e adequadas para ensinar, na prática, todo o potencial de expressão do corpo humano. Enquanto mexem o tronco, as pernas e os braços, os alunos aprendem sobre o desenvolvimento físico. Introduzir a dança na escola equivale a um tipo de alfabetização. "É um ótimo recurso para desenvolver uma linguagem diferente da fala e da escrita, aumentar a sociabilidade do grupo e quebrar a timidez". "A dança é a única manifestação artística que realmente integra o corpo e a mente".
As danças sempre foram um importante componente cultural da humanidade. O flocore brasileiro é rico em danças que representam as tradições e a cultura de uma determinada região. Estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras. As danças folclóricas brasileiras caracterizam-se pelas músicas animadas (com letras simples e populares) e figurinos e cenários representativos. Estas danças são realizadas, geralmente, em espaços públicos: praças, ruas e largos.

Destacamos as Principais danças folclóricas do Pará:


Carimbó
O nome vem dos índios Tupinambá - CURI (PAU OCO) e M`BÓ (FURADO). Na tradução seria "pau que propaga o som". A influência africana deixou o ritmo do carimbó mais agitado e alegre. A roupa é simples: as mulheres usam saia rodada estampada, blusa de cambraia branca, colares coloridos e uma flor no cabelo. Os homens, calça curta de pescador e camisa estampada. Os dançarinos bailam descalços. Marapanim e Vigia são os municípios mais antigos na execução desta dança. A música do carimbó vem sendo popularizada nas vozes e no trabalho de alguns cantores e compositores da terra. Entre os que difundiram o ritmo tradicional estão Mestres Verequete e Cupijó. Atualmente, o músico Pinduca adaptou a um ritmo mais moderno.
Lundu Marajoara
De origem africana, foi registrada inicialmente na ilha do Marajó. É a mais sensual dança folclórica paraense. O tema está centrado no convite do homem à mulher para um encontro sexual. A dança desenvolve-se, a princípio, com a recusa da mulher, mas diante da insistência do companheiro ela termina por ceder. O "ato sexual" acontece quando o casais realiza a UMBIGADA - movimentos sensuais de requebro.
As mulheres normalmente se vestem com saias longas e coloridas, blusas curtas com rendado branco. Já os homens vestem-se com calças largas, geralmente brancas, com as bainhas enroladas.

Marambiré
Surgiu depois da abolição da escravatura e simboliza a esperança dos negros na constituição de uma sociedade livre e justa. De acordo com pesquisas, a dança evoluiu dos cantos de outras manifestações populares de caráter religioso na área do Baixo Amazonas, precisamente em Alter-do-Chão, Santarém. O Marambiré dançado em Alter-do-Chão mistura elementos religiosos e profanos. O bailado constitui-se numa simples marcha. A coreografia é meio complicada, dançada em pares com ritmo bem marcado. O Marambiré é sempre apresentado no festival do Çairé.

Marujada
Três apresentações marcam a Marujada: a primeira no dia de Natal, a segunda no dia de São Benedito – 26 de dezembro. E a terceira acontece no dia 1º de janeiro. A festa tem a mesma origem que a irmandade de São Benedito: em 1798, quando os senhores atenderam ao pedido dos escravos para a organização da irmandade. Nessa época, foi realizada a primeira festa em louvor ao santo. A manifestação foi mantida e incorporou-se ao lado profano da festa. A festividade acontece no município de Bragança. Lá, homens "marujos" e mulheres "marujas" percorrem a cidade imitando o balanço de um barco na água. A dança é comandada pelas mulheres e acompanhada musicalmente pelos homens, que usam violas, rabecas, violinos, tambores e cavaquinhos. A Marujada de Bragança é dividida em várias danças, como: Contra Dança, Retumbão, Mazurca, Valsa, Xote Bragantino, Chorado e Roda.

Dança do siriá
Originária de Cametá, a dança expressa gratidão dos índios e escravos africanos por um milagre. Depois de um dia exaustivo de trabalho, os escravos eram liberados, sob fiscalização, para conseguir algo para comer. Certo dia, foram à praia e encontraram grandes quantidades de siris que se deixavam apanhar facilmente. Em agradecimento, ensaiaram uma dança e deram o nome de SIRIÁ, que narra o fato.
O siriá é uma variação do batuque africano, mas ao longo dos tempos sofreu algumas pequenas alterações. A coreografia traz como principal característica o ritmo lento, no início, que torna-se frenético em seguida. A dança obedece a uma coreografia que evolui ao ritmo dos versos cantados. No refrão, os pares fazem volteios com o corpo curvado para o lado esquerdo e para o lado direito.
O siriá possui um vestuário parecido com o do carimbó. As mulheres usam blusas de renda branca, saias rodadas, pulseiras, colares e enfeites coloridos na cabeça. Os homens vestem calças em tons escuros e camisas coloridas amarradas na frente. Eles também usam chapéus de palha enfeitados com flores, que as damas retiram para demonstrar alegria.

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